Fazer o bem também contagia, Patrian conta a experiência de como cuidar de animais

Por Jordan Bezerra/ Ana Paula 


Patrian e sua equipe em Santa Terezinha
O que levou o cidadão Patrian Júnior, natural de Cuiabá, capital do Mato Grosso, a vir para o Sertão da Paraíba, em Patos, e abraçar uma causa tão nobre, a de cuidar dos animais abandonados. Para ele, o seu amor aos animais nasce com o exemplo de seu pai.

Quando chegou a Patos, que viu os animais maltratados, abandonados e doentes pelas ruas, sensibilizou o cuiabano. Já são oito anos do início do projeto, período de muita luta, quase sem apoio e a desconfiança de muitos. “Coloco dinheiro do meu bolso, entretanto não posso mais parar, é minha missão cuidar dos animais, eles dependem de mim”, afirmou o voluntário.

“Aos poucos, a cidade de Patos, está entendendo minha missão, em defesa dos animais, contudo falta o poder público fazer sua parte, porque essa luta deve ser coletiva, pois é uma problemática de saúde pública” completou. Patrian garante que “fazer o bem contagia”.

Ele ainda relata que conta com o apoio da sociedade para manter seu trabalho, recebe doações de rações e valores em dinheiro para garantir a alimentação dos gatos e cães que cuida, o que não é algo garantido já que não é mensal.

São várias as dificuldades enfrentadas para proporcionar um espaço digno para recebê-los, para que estes não permaneçam nas ruas de Patos. Atualmente os recolhe em sua casa, no entanto o espaço é pequeno e as despesas são altas, o que dificulta que Patrian possa dar assistência a uma quantidade maior de animais.

Dividir a sua rotina de trabalho como policial e desenvolver um trabalho voluntário não é fácil, mas vai a luta e pede a ajuda da população: “Eu sempre estou pedindo, não tenho vergonha de pedi, tenho que pedi mesmo pra eles já que não sabem falar”. Afirmou Patrian.

Ele acredita que é necessário fazer um projeto para que haja uma melhoria não só para os animais como para sociedade, é uma questão de saúde pública. Antes a prefeitura havia fornecido um local para abrigar os cães e gatos recolhidos, porém pediu que o prédio fosse devolvido ao órgão público. Um outro desafio é o atendimento veterinário adequado o qual não dispõe, o que seria de fundamental importância a parceria com empresas e universidades que pudesse contribuir com o projeto.

Uma solução para a problemática seria o centro de zoonoses, desde que o serviço seja oferecido com qualidade, com uma boa administração, é essencial já que existem outros animais que necessitam de atenção.

Diante dos obstáculos a luta continua sempre em busca de concretizar sua missão, cuidar dos animais. Ele ainda deixa um recado para os cidadãos: “Se não tem condições de acolher o animal, não adote, ele não sabe viver na zona urbana, ele precisa de você”.


Confira na reportagem de Morgana Medeiros 



Produção: Genésio Oliveira / Roberto Murilo
Edição e imagens: Sidney Silva
Fotos : Márcio Costa
Operador de áudio: Magno César
Reportagem: Morgana Medeiros



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